Não existe a proibição de se chorar a morte de uma pessoa. O Islam não encara esse ato como uma possível afronta a Deus ou não aceitação de Sua vontade – como foi explicado pela personagem Zoraide à Jade, que sofria pela morte de sua mãe –, mas sim como uma reação natural, e na maioria das vezes inevitável, quando da perda de um ente querido.
Na época do profeta Muhammad (SAWS), quando uma pessoa abastada morria, era comum sua família contratar carpideiras, que eram mulheres pagas para chorar desesperadamente no enterro, para ostentar o sofrimento pela morte de alguém com tal prestígio. Essa prática ignorante, e somente essa, foi proibida pelo profeta, por ter se criado um comércio desnecessário às custas da morte de uma pessoa. Essa não é a postura correta do muçulmano, que diante da perda de um ente querido se entristece, chora, mas não se desespera, por ter a ciência de que este é um desígnio de Deus com o qual todos nós iremos nos deparar um dia.
De fato cremos que tudo acontece de acordo com a vontade de Deus, mas isso não significa que não possamos sentir e expressar tristeza em determinadas situações. E nos casos de falecimento, o Islam recomenda que a pessoa seja paciente, peça a Deus que reserve o paraíso para aquela pessoa que se foi e suplique a Deus que lhe ajude a superar aquele momento difícil.
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