Esse post irá mostrar que o intuito deste blog não é apenas explicar temas abordados na novela que difamam o Islam, mas sim corrigir erros crassos em relação à própria crença islâmica. Isso até certo ponto nos alivia, pois nos dá a certeza que O Clone pode estar se referindo a qualquer religião, menos ao Islam.
Jade mostra ao mocinho Lucas uma joia que usa como amuleto, pois sua mãe dizia que tal pedra a tinha salvado da queda de um raio quando ela estava grávida dela. Sua mãe lhe deu essa turquesa, chamada de pedra Jade, e disse para usá-lo como proteção. Em outra cena, Zoraide diz que essa pedra afasta mal olhado.
Esse tipo de prática configura um pecado gravíssimo dentro do Islam, que é atribuir a outro, que não Deus, a responsabilidade pela sua segurança ou pelo acontecer ou não acontecer de determinado fato. Na visão islâmica, isso é considerado uma das formas do politeísmo (shirk), que é o mais grave pecado dentro do Islam, uma religião essencialmente monoteísta. Um muçulmano de verdade jamais usa qualquer tipo de objeto como talismã.
Como se não bastasse, em meio às lindas declarações mútuas de amor entre Jade e Lucas, ela lhe diz que sente como se o conhecesse há muito tempo, e ele pergunta se ela acredita em outras vidas. Ela responde de bate-pronto: “Claro que sim, já vivemos muitas vidas!”. Vou até fazer um parêntese aqui para que eu possa respirar, diante de tal informação descabida em relação ao Islam. (Jade diz que não poderia se casar com alguém que nunca viu, ou que mal conhece, o que concordamos, até porque não é isso que o Islam diz. Mas como então ela se apaixona PERDIDAMENTE por um homem que conheceu no dia anterior a todas essas declarações de amor? Será mesmo coisa de outra vida? Aiai...)
Voltando ao assunto: o Islam não admite a existência de muitas vidas, tampouco de reencarnação. Não há nenhuma ayah (frase do Alcorão) e nenhum dito do profeta que faça referência a isso, muito pelo contrário, as informações que temos repetidas vezes nos textos islâmicos é que temos que viver esta única vida de maneira a adorar a Deus, seguindo seus princípios, para que no Dia do Juízo Final, quando formos ressuscitados para prestarmos contas de todas as nossas ações, possamos ser recompensados com o paraíso e absolvidos do castigo do inferno. Assim sendo, um muçulmano jamais diria que “já viveu várias vidas”, pois é algo que vai totalmente contra a crença islâmica. Logo, não acreditamos em reencarnação, mas na ressuscitação para a prestação de contas no Dia do Juízo Final.
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