quinta-feira, 17 de março de 2011

Capítulo 3 (Dia 12/01/2011) – O casamento é um negócio?

Sempre que em um mesmo capítulo houver 2 ou mais temas a serem abordados, faremos isso em tópicos, para melhor organização das ideias. Vamos aos assuntos do capítulo de hoje.

Casamento arranjado – O casamento proveniente de acordos entre famílias é algo que sempre existiu em muitos locais e em diferentes culturas. Logo, é algo muito anterior à revelação do Islam em sua forma final, no século VII. A religião islâmica, ao contrário, trouxe um verdadeiro código de vida a ser seguido pelo homem, para que ele tenha sucesso nesta vida e na outra. E dentre os princípios para a realização do casamento está o de que tanto o noivo quanto a noiva devem aceitar a sua realização. Ou seja, ninguém pode casar com ninguém obrigado, muito menos sem conhecer a pessoa antes, apenas para atender uma determinação da família ou de quem quer que seja.
            No capítulo de hoje, Tio Ali trata com o personagem Abdul sobre o casamento de Said com Latifa, o que posteriormente se torna inviável, pois descobre-se que ambos tiveram a mesma ama de leite e, portanto, são considerados irmãos. Mas logo as famílias resolvem o problema: Latifa se casaria com Mohamed, irmão de Said! Latifa não conhecia nenhum dos dois, e foi convencida a casar pela vontade de sua família, primeiro com Said, e depois, diante da impossibilidade, com Mohamed.
            Certa vez veio uma mulher para o profeta Muhammad (SAWS) e disse que seu pai a obrigou a casar com um primo seu. O profeta disse que então o casamento poderia ser desfeito, e perguntou se a mulher queria se divorciar. Ela disse que não, que aceitaria a vontade de seu pai, mas que gostaria que ficasse registrado o seu caso, para que as muçulmanas soubessem que não podem se casar obrigadas.
Ou seja, de acordo com as bases islâmicas, é necessário que as pessoas se conheçam bem antes de tomarem a decisão de se casar, por decisão própria. A família pode até sugerir pretendentes para seus filhos, mas jamais impor um casamento, como acontece em O Clone. E muito menos fazer do matrimônio um verdadeiro comércio através do dote, como também vemos na novela.

Mulher como mercadoria – O dote, que dentro da religião na verdade se chama mahar, é um presente de casamento que o noivo dá à noiva em sinal de carinho e respeito, e é a noiva que escolhe o que deseja ganhar. Ou seja, o dote não vai para a família, e não necessariamente precisa ser dinheiro vivo ou ouro, como é alardeado na novela. Nem é necessário ser algo material, inclusive o profeta Muhammad (SAWS) aconselhou que o mahar seja o menor possível, ligando isso ao sucesso do casamento.
O homem pode dar como mahar um objeto de valor simbólico, um Alcorão, a recitação e o ensino de algumas suras, etc., lembrando que a mulher é quem deve escolher o presente, atentando, é claro, para as condições do noivo. Assim sendo, jamais o mahar pode ser interpretado como a compra da mulher. Não existe pedir um dote maior ou menor em função do valor da mulher, pois o ser humano não tem preço.

Um comentário:

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